sexta-feira, 6 de novembro de 2015

FASES CLÍNICAS DO TRABALHO DE PARTO


Antes de saber quais são as fases clínicas do trabalho de parto, devemos nos perguntar: Quando exatamente começa o trabalho de parto? Bom, conceito muito controverso na literatura obstétrica, mas a definição mais comumente usada é > 2 contrações em 10 min (sendo a contração durando 50-60s) e colo dilatado em pelos menos 4cm. Beleza, então tá valendo, agora começou o trabalho de parto (TP)! Existem 4 fases clínicas: a primeira é fase de Dilatação- Vai do início do TP até o colo dilatar em 10cm. Pronto, chegou em 10cm, agora nosso bebê pode passar tranquilo e aqui ocorre o nascimento, esta é a fase de expulsão. Agora que nosso fofinho nasceu poderemos ir para terceira fase, a fase de Secundamento, nesta fase ocorre a dequitação da placenta. Então acabou né? Não, não, agora é observar nossa paciente por 1h, é aqui que mora o perigo, aqui que ocorre hipotonia ou mesmo atonia uterina, fique de olho nela! Posteriormente falaremos dos detalhes de cada fase clínica, mas pra não esquecer as 4 fases clínicas do TP, vamos fazer um verso... Você pode cantar isso em ritmo de funk, samba ou recitar como poema... Mas segura aí... "O colo dilatou, o feto expulsou, a placenta saiu, observa essa mamãe, viu?" 

POLÊMICA NO MUNDO PRÓSTATA


Há algum tempo existe essa polêmica a respeito do rastreio do câncer de próstata. Afinal, é válido fazer a detecção precoce? A primeira coisa que pensamos é... "Óbvio que vale! Detectamos precocemente, logo, trataremos precocemente e o paciente fica bem". No entanto, muitas autoridades médicas dizem que não vale, assim como muitas autoridades de mesma importância dizem que vale. 

É o seguinte, muitos acreditam que a maior parte dos tumores de próstata são indolentes, e não iriam causar mal algum durante a vida toda dos pacientes, desta forma, detectar precocemente e submeter os pacientes ao procedimento cirúrgico (prostectomia radical), levariam eles a ter problemas decorrentes da cirurgia (impotência sexual e/ou incontinência urinária) em troca de uma doença que poderia não causar nada. Por outro lado, se a detecção precoce for de formas agressivas, aí valeria a pena resolver o quanto antes.

 E agora? Estaríamos prejudicando de forma drástica a qualidade de vida dos pacientes em troca de uma doença indolente? Ou estaríamos salvando a vida deles? Pois é, não sabemos. A medicina continua nessa longa caminhada, talvez com a descoberta de um marcador sérico que mostrasse qual tumor seria mais agressivo ou qual seria indolente, fosse o grande exame para indicar o rastreio, ou seria talvez a melhor forma de rastreio! Enfim, seguimos acompanhando a ciência ou quem sabe nos motivando a fazer ciência, e quem sabe um de nós mesmos poderia quebrar esse galho pra humanidade, enfim. Ah, e então, como ficaram as recomendações no fim das contas? Um tema polêmico de opiniões dividas, certamente, trouxe recomendações distintas, então vamos lá...

1) O INCA (Instituto Nacional do Câncer) em seu último documento sobre esse tema em 2013, disse mais ou menos assim: "rastreio não é bacana, parece estar levando a mais dano do que benefício, por isso, não se deve realizar programa de rastreio em pacientes que são assintomáticos."

Por outro lado...

2) A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), que é a mais ouvida em nosso país, disse (também em 2013) assim: "pera aí, pera aí, não é assim, precisa existir os programas de detecção precoce sim, a gente não vai fazer o mesmo tratamento para todos, vamos individualizar, se vai precisar operar mesmo ou não. Mas agora o rastreio começa aos 50 anos, para população de maior risco (negros e quem teve casos na família) começa aos 45 anos."

É claro que estas instituições não falaram com esse palavriado, a gente adaptou pra facilitar, e lembrando que quando falamos em rastreio é exame do toque e os níveis de PSA (Antígeno prostático específico).

MANOBRAS DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO


A síndrome do túnel do carpo nada mais é do que a compressão do nervo mediano que passa por dentro de um "túnel" na região do carpo (região do punho). Comprimir o nervo mediano = Parestesia no trajeto mediano que vem depois da compressão. E esse trajeto que vem depois da compressão envolve quais dedos? É simples, abra a sua mão, olhe para ela, dê um sorriso e pinte na sua imaginação os dedos polegar, o segundo dedo, o terceiro dedo e a metade radial do quarto dedo (Lembrando que o polegar é o primeiro dedo. O segundo, o terceiro e assim por diante são os dedos da sequência). Essa região pintada é a região do trajeto do nervo mediano! Mas existem duas manobras que podem desencadear os sintomas da síndrome do túnel do carpo: Manobra de Phalen e a manobra de Tinel (ou teste ou também sinal de Tinel). O que significa cada um delas?

PHALEN: Flexionar as mãos forçando uma contra a outra por 30 a 60 segundos. Se após isso aparecer dor e parestesia no trajeto do nervo mediano, fechou, a manobra foi positiva.

TINEL: Pegue um martelinho (martelo de Buck) e percuta o nervo mediano (no meio do punho). Se deu dor ou parestesia no trajeto do nervo mediano, o teste de Tinel também foi postivo.

Agora vem o lance... como memorizar o nome à manobra?Imagine a primeira sílaba de Tinel, temos um "T" (martelinho) e um "i" (mão esticada), formando exatamente o desenho da manobra de Tinel. Já no PhAlen, pegaremos o A, que se você perceber bem, as duas perninhas do "A" se aproximam, como se fosse um simbolismo das duas mão fletidas se aproximando.